Coronavírus: dicas da OMS para ‘aliviar’ a preocupação com a epidemia

À medida que as autoridades em todo o mundo anunciam imposição de quarentena, outras restrições e dão orientações para tentar conter o avanço do novo coronavírus, é normal que mais pessoas se sintam assustadas ou estressadas diante de tantas notícias.

A Organização Mundial da Saúde divulgou nesta terça-feira (10/03) um relatório com recomendações para evitar o estresse que o avanço da doença pelo mundo está causando na população.

A doença covid-19, que pode causar febre, tosse e problemas respiratórios, está se espalhando pelo mundo e já afetou mais de 114 mil pessoas.

As considerações da OMS foram elaboradas pelo Departamento de Saúde Mental da entidade, como forma de ajudar no apoio ao bem-estar mental e psicológico durante o surto do coronavírus.

Veja as principais sugestões da OMS de cuidados para evitar que a prevenção contra a covid-19 prejudique sua saúde mental:
Foco nos fatos
Evite assistir, ler ou ouvir notícias que possam causar ansiedade ou estresse; procure informação principalmente para tomar medidas práticas para preparar seus planos de proteção para você e seus entes queridos.

Procure se atualizar em horários definidos, uma ou duas vezes por dia. O fluxo repentino e constante de relatos a respeito do surto pode deixar qualquer um preocupado. Foque nos fatos, e busque informações de sites confiáveis, para distinguir informação de boatos.

Compartilhe experiências positivas

Sempre que possível, encontre oportunidades para dar voz a histórias positivas e imagens positivas de pessoas que tenham sido afetadas pelo novo coronavírus e se recuperado, ou que tenham apoiado um ente querido durante a recuperação e queiram compartilhar suas histórias.
Não associe a uma nacionalidade ou etnia

A covid-19 pode atingir pessoas de muitos países, em muitas localizações geográficas diferentes. Não associe o vírus a uma nacionalidade ou etnia. Seja empático àqueles que foram afetados, qualquer que seja a nacionalidade deles: as pessoas que ficarem doentes não fizeram nada errado.
Chame da maneira correta

Não refira-se às pessoas com a doença como “casos de covid-19”, ou “vítimas”, ou “doentes”. Eles são “pessoas que têm covid-19”, ou “pessoas que estão sendo tratadas por covid-19”, “pessoas que estão se recuperando da covid-19”, e depois de se recuperarem suas vidas vão continuar com seus trabalhos, famílias e entes queridos.
Para os profissionais de saúde

A OMS destaca que, para quem trabalha na área de saúde, cuidar do estresse em momentos de surto como o atual é tão importante quanto cuidar dos outros aspectos de saúde. Nesse caso, a OMS recomenda o cuidado com suas necessidades básicas e a criação de estratégias para garantir que todos possam descansar em intervalos no trabalho e entre turnos.

Alimente-se bem, pratique atividades físicas e mantenha contato com familiares e amigos. Alguns profissionais podem enfrentar rejeição pela família ou comunidade em razão do estigma ou medo, o que pode tornar a situação ainda mais difícil.

Quando possível, manter-se conectado com seus entes queridos por meios digitais é uma maneira de não perder contato. Procure apoio de colegas, chefes ou outras pessoas de confiança.

Para quem cuida de crianças

Ajude crianças a encontrar maneira de expressar sentimentos ruins, como medo e tristeza. Atividades criativas, como brincar e desenhar podem ajudar o processo.

Em tempos de estresse e crise, é comum que as crianças fiquem mais apegadas e exijam mais dos seus pais e cuidadores. Discuta a covid-19 com as crianças de maneira honesta e apropriada à idade. Estimule a criança a continuar a socializar e interagir, ainda que só com a família, caso necessário.
Para quem cuida de idosos

Pessoas mais velhas, especialmente as que estão isoladas ou que têm algum tipo de limitação cognitiva, podem tornar-se mais ansiosas, nervosas, agitadas e estressadas durante o surto ou uma eventual quarentena. Providenciar apoio prático e emocional por meio das redes familiares e profissionais de saúde é bastante útil nesses momentos.

Também é importante compartilhar fatos sobre o que está acontecendo e fornecer informação clara sobre como reduzir o risco de infecção em termos que os idosos possam entender, com respeito e paciência.

Outra recomendação é que mais membros da família sejam envolvidos para ajudar a apoiar os mais velhos e ajudá-los com as medidas de prevenção, como lavar as mãos da maneira correta, por exemplo. (Fonte: BBC Brasil)

A Saúde Clínica Médica

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Cássio